Quanto mais vulgar, melhor?
- Eduardo Meneses
- 10 de abr.
- 2 min de leitura
O movimento político liderado por figuras como Donald Trump e Jair Bolsonaro tem se destacado por uma retórica vulgar e uma abordagem questionável. Recentemente, Trump declarou em um jantar de arrecadação de fundos que países estariam "beijando sua bunda" devido às tarifas aumentadas por ele. Essa declaração ilustra bem a falta de decoro e a megalomania que caracterizam esse tipo de liderança.
No Brasil, Jair Bolsonaro e seus apoiadores também têm adotado uma linguagem agressiva e desrespeitosa. Seus filhos e outros políticos do grupo frequentemente utilizam termos ofensivos e desrespeitosos em seus discursos. Um exemplo notável é

o deputado Gilvan da Federal, que expressou o desejo de ver o ex-presidente Lula morto e o chamou de "desgraça" durante uma votação no Congresso.
Outro caso preocupante é o do deputado Paulo Bilynsky, que é conhecido por ter sido acusado de feminicídio. Ele está tentando aprovar uma lei que retiraria as armas dos seguranças do presidente e dos ministros, argumentando que isso é necessário porque eles são contrários ao armamento da população como solução para a alta taxa de criminalidade no país.
Esses exemplos demonstram um conflito no campo moral na política atual. Não se trata apenas de uma divergência ideológica entre esquerda e direita, mas sim de uma disputa entre valores e princípios. A linguagem e as ações desses líderes e políticos refletem uma abordagem que prioriza a agressividade e a polarização em detrimento do diálogo e da construção de consensos.
É preocupante observar que uma parcela da sociedade parece se sentir representada por esse tipo de discurso e pensamento. Isso sugere que os discursos técnicos, polidos e republicanos não estão mais sendo valorizados pelas atuais gerações de eleitores. Em vez disso, parece haver uma preferência por uma abordagem mais agressiva e populista.
Para mudar essa dinâmica, é essencial que a sociedade reflita sobre os valores e princípios que deseja ver representados na política. A promoção de um discurso mais respeitoso e construtivo pode ser um passo importante para a construção de uma democracia mais saudável e inclusiva.
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