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Tarifas tarifas e mais tarifas

Foto do escritor: Eduardo MenesesEduardo Meneses

O assunto da semana são as tarifas aplicadas pelo governo estadunidense sobre o ferro e o aço e que atingem em parte as exportações brasileiras, mas que também não se restringe ao nosso país, afetando, inclusive, a nossa vizinha e parceira comercial, Argentina.


Em primeiro lugar é importante dizer que tarifar produtos é uma estratégia que já ocorre há séculos desde os tempos anteriores ao capitalismo quando o mercantilismo era a estratégia econômica adotada pelos Reis europeus. Desde então adotou-se o hábito de tarifar produtos importados para proteger a economia de cada país.


É importante salientar, também, que o Brasil impõe tarifas a diversos produtos importados com o intuito não apenas de proteger a indústria nacional mas também de tentar manter em equilíbrio a balança comercial brasileira. A recente taxação das chamadas "blusinhas" é exemplo disso.


Se as reservas e a produção de aço e alumínio dos Estados Unidos fosse suficiente para abastecer todo o mercado estadunidense, não haveria necessidade de importação desses produtos de outros países. Porém, a produção de aço e alumínio nos Estados Unidos não atende a todo o consumo interno. Sendo assim torna-se necessário importá-los.


A taxação de 25%, vai tornar o produto importado mais caro e, portanto, busca-se com a medida estimular a produção interna. Esse estímulo, porém, não funciona no curto prazo, mas apenas no médio e longo. A tendência no curto prazo é o encarecimento de tudo que utiliza aço e alumínio em sua cadeia produtiva, como, por exemplo, a indústria automobilística, a construção civil e tantos outros bens de consumo que são produzidos nos Estados Unidos.


O encarecimento de produtos que possuem em sua cadeia produtiva aço e alumínio gera inflação e em virtude disso a desvalorização do dólar.


Trump provavelmente não manterá a taxação por um prazo muito longo pois correria o risco de afetar a economia interna e com isso perder sua popularidade. Esse movimento, realizado pelo presidente dos Estados Unidos, provavelmente tenha sido mais uma das gracinhas feitas por ele apenas para agradar seu eleitorado, que precisa ser mantido constantemente mobilizado e que consome com facilidade suas bravatas e fake News.


 
 
 

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